sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

A uma saudade


Às vezes gosto de me sentar na escuridão do meu eu e lembrar e relembrar do meu passado.
Os olhos fechados, o silêncio instaurado e a mente solta.

A boca ganha um sorriso fácil e amoroso.
Momentos, situações, sentimentos.
A pulsação aumenta brevemente, os pés ensaiam uma pequena tremulada.
Tudo é um turbilhão saudoso.
Por uma fração de segundos a idéia da viagem no tempo parece ser real.
Mas passa.
Tudo passou.
Então a consciência temporal domina.
É quando a boca muda novamente de postura e as sobrancelhas tornam a enrijecer.
É hora do presente.

Marccio Santos Poetastro