terça-feira, 31 de março de 2009

Olhos de poeta


Linda, linda, linda
Linda de meus olhos congelarem tua imagem
E projeta-la em minha mente, em meus sonhos
Afim que a beleza me afete e me tontei
A ponto de não se querer mais estar lúcido

Linda por tudo que se é e que se faz
Pois em toda obra, em todo gesto
Se respira e se transpira essa beleza serena
Que inspira e destrói;
Que é única, que é rara e exclusiva

Linda de obter brilho sem luz
Pois luz não se faz necessário
Quando num único sorriso habitam
tantos luares e tantos sóis

Linda nos olhos, nos traquejos, nos gracejos
Nas atitudes, pensamentos, sentimentos
Linda de causar devaneios sem fim
De se desesperar na hipótese de saudades

É por tamanha beleza que nasço diariamente
Vivo na esperança de captura-la e eterniza-la em meu peito
Nem que seja por breves séculos
Nem que seja apenas pra perfumar minha alma e me fazer poeta

Marccio Santos Poetastro

terça-feira, 17 de março de 2009

Mulher ou menina


Oh! Linda menina
Desprovida de maquiagem e enfeites
Daqui das sobras
Não se sabe se és mais menina ou mulher

Oh! Linda mulher
Cresceste e já maltratas coração
Daqui das sombras
Não se sabe se és mais mulher ou menina

Oh! Menina-mulher
Guardas tua inocência para o amor
Não se rendas a um qualquer:
Proteja-se da dor!

Oh! Mulher-menina
Que sempre continue em evolução
Aumenta tua beleza genuína
E espalhe nos olhares a ilusão

Marccio Santos Poetastro

quarta-feira, 4 de março de 2009

Soneto à Luciana


Nesse meu momento de penumbra
Anseio por um passado doce
A felicidade vivia comigo
Como se parte de mim fosse

Minha feição aos sorrisos
Minh’alma sempre a levitar
Ocultavam meus olhos sofridos
Por meu peito a palpitar

O céu era azul
Belo o infinito
Uma voz apaixonada

O azul cinza ficou
O coração sombrio
O amor-mortalha

Marccio Santos Poetastro