terça-feira, 23 de setembro de 2008

Fuga


Fujo enquanto é tempo
Enquanto posso e devo correr
Enquanto posso e confronto o acaso sem amedrontamentos e sem temer
Fujo enquanto posso

Fujo enquanto há tempo
Enquanto há fuga e enquanto há vontade de fugir
Fujo enquanto as marcas em meu rosto não brotam
Fujo pra acordar, mas fujo muito mais pra dormir

Fujo, às vezes, só de brincadeira
Por uma explosão devaneia
Pra chorar, pra esquecer, pra esquivar

Já em outras, já sem veias,
Fujo, pra me encontrar, de quem me rodeia
Pra sorrir, pra lembrar, pra sonhar

Marccio Santos Poetastro