terça-feira, 31 de março de 2009

Olhos de poeta


Linda, linda, linda
Linda de meus olhos congelarem tua imagem
E projeta-la em minha mente, em meus sonhos
Afim que a beleza me afete e me tontei
A ponto de não se querer mais estar lúcido

Linda por tudo que se é e que se faz
Pois em toda obra, em todo gesto
Se respira e se transpira essa beleza serena
Que inspira e destrói;
Que é única, que é rara e exclusiva

Linda de obter brilho sem luz
Pois luz não se faz necessário
Quando num único sorriso habitam
tantos luares e tantos sóis

Linda nos olhos, nos traquejos, nos gracejos
Nas atitudes, pensamentos, sentimentos
Linda de causar devaneios sem fim
De se desesperar na hipótese de saudades

É por tamanha beleza que nasço diariamente
Vivo na esperança de captura-la e eterniza-la em meu peito
Nem que seja por breves séculos
Nem que seja apenas pra perfumar minha alma e me fazer poeta

Marccio Santos Poetastro